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Publicação inédita com dados estatísticos do ensino privado no Brasil foi lançada no dia 30




No dia 30 de agosto, a FENEP lançou uma publicação com dados estatísticos sobre a educação particular no país. O trabalho apresenta um retrato do setor, desde números de alunos, instituições, profissionais que atuam na rede, até dados sociodemográficos, como comportamento de consumo das famílias com filhos em escola particular e como se organiza a rede produtiva em torno das instituições de ensino. É o maior e mais completo estudo sobre a educação particular no Brasil, reunindo dados nacionais e por estados, no período de 2012 a 2021. O documento foi apresentado durante o Meeting para os gestores do ensino privado, na sede do SIEEESP, em São Paulo.

De acordo com o coordenador do projeto e diretor da FENEP, Eugênio Cunha, a publicação tem como objetivo entregar de forma transparente para a sociedade as informações sobre o setor do ensino privado. “É uma forma de darmos um retorno para àqueles que compram os serviços do ensino privado. Além disso, os dados também serão importantes para definir políticas públicas”, pontua. Já, para as instituições de ensino, Cunha acredita que o material auxiliará os gestores em seus planejamentos, de modo que possam tomar decisões mais assertivas. A ideia é atualizar a publicação a cada dois anos.

Na primeira parte do documento são apresentadas as principais estatísticas demográficas e socioeconômicas da educação privada. O estudo mostra, entre outros dados, que o Brasil possui 5.236.331 de domicílios com estudantes de Educação Básica na rede privada. Nestes lares, a média de anos de estudo do chefe do domicílio é 13,2. E são 6.663,861 domicílios com alunos do Ensino Superior e a média de anos de estudo do responsável pelo domicílio é 12,7.

Na segunda parte do trabalho é apresentada a estrutura orçamentária das famílias que utilizam os serviços da rede privada de ensino no Brasil. Em geral, o investimento em educação representa 10,1% de todos os gastos das famílias brasileiras com filhos na Educação Básica, e 9% no Ensino Superior. O estudo mostra que o maior percentual de matrículas pertence às classes C, D e E.

Na terceira parte do documento são apresentados números da educação privada nos últimos dez anos, como matrículas, estabelecimentos, docentes e técnicos administrativos. Conforme o estudo, em 2021, havia no Brasil 46.668.401 estudantes matriculados na Educação Básica. Destes, 8.136.345 estavam em instituições privadas, o que representa 17,4% do total. Já, na Educação Superior, conforme o Censo de 2020, havia no Brasil 6.724.002 de estudantes matriculados ( 56% em Cursos Presenciais e 44% em EAD). A rede privada, nesse segmento, atende a 77,5% de todas as matrículas. O trabalho também mostra o perfil de instituições privadas no país: 76,1% são particulares, 5% comunitárias, 18,2% filantrópicas, e 0,8% confessionais.

A importância econômica do setor educacional privado é apresentada em números no quarto capítulo do estudo. A publicação mostra, por exemplo, que em 2019, a contribuição do setor para o PIB foi de 126,5 bilhões de reais e o ensino privado correspondia a 1,65% do PIB Nacional. A educação particular contribuiu com quase 20 bilhões de reais para a Previdência Oficial e o FGTS. O documento mostra, ainda, a importância do setor para o mercado de trabalho: o ensino privado tinha 1,25 milhões de vínculos empregatícios formais em 2020. Esse número cresce para aproximadamente 1,5 milhões em 2022. Isso representa 3,4% de todos os empregos formais do setor privado no Brasil. Destes empregos, a maior parte (aproximadamente dois terços) fica na Educação Básica e totaliza cerca de 850 mil postos de trabalho. Durante esses dez anos, o número de empregos nesse setor cresceu 34%.

No quinto capítulo são feitas simulações mostrando o impacto de uma política de desoneração da folha sobre o setor. Em 2020, aproximadamente entre 12 e 50 mil empregos seriam gerados caso o setor educacional tivesse a desoneração da folha aplicada a ele.

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